Aparentando desinteresse pela política, e fingindo explorar o baixo custo da mão-de-obra judia, o que Schindler fazia era empregar inocentes que de outra forma morreriam nos campos do Holocausto.
Comovente, importantíssimo, atual, A Lista de Schindler é o maior triunfo cinematográfico do diretor Steven Spielberg.
Filmado em preto e branco para, segundo Spielberg, deixar o filme menos insuportável devido à violência gráfica de algumas cenas, ''A Lista de Schindler'' é construído sobre um ótimo roteiro de Steven Zaillian que mostra com tintas extremamente realistas a perseguição aos judeus na Polônia e sua recolocação no Gueto de Cracóvia, em 1941, onde famílias inteiras eram amontoadas em pequenos quartos, até a transferência de todos para o infame campo de concentração comandado pelo sociopata Amon Goeth.
Fotos: Divulgação
É impossível não se emocionar com o poder das imagens dirigidas com surpreendente comedimento por Spielberg e captadas magistralmente pela câmera de Janusz Kaminski. As cenas de mulheres, homens e crianças sendo friamente assassinados com tiros na cabeça são de uma crueza insuportável, mas nunca apelativas ou redundantes.
Mas o que difere ''A Lista de Schindler'' de tantos outros filmes sobre o Holocausto Nazista é o caráter profundamente humano e realista que os realizadores conseguiram imprimir à obra, até mesmo ao retratar o monstruoso líder do campo de concentração, Goeth.
Para tentar ilustrar o ponto da transformação do protagonista, Spielberg construiu duas seqüências chave usando um recurso até certo ponto simples, porém extremamente eficaz: a menina do vestido vermelho que ganha cores por meio de trucagem na pós-produção, vista correndo perdida no meio dos nazistas e, depois, já morta sendo levada para a pilha de cadáveres queimando. É nesta cena que ''A Lista de Schindler'' atinge seu ápice como obra cinematográfica, numa perfeita fusão de som, imagem, música e fotografia e a interpretação do elenco capaz de arrepiar todos os pelos do nosso corpo.
O filme foi nomeado para doze oscares, ganhou sete: melhor filme, melhor diretor, melhor direção de arte, melhor fotografia (Janusz Kaminski), melhor edição, melhor trilha sonora e melhor roteiro adaptado.
Janusz Kaminski é um polonês que se mudou para os Estados Unidos com 21 anos devido a uma lei marcial imposta pelo primeiro-ministro Jaruzelski. Lá começou a estudar cinema na Columbia College em Chicago. Conheceu Wally Pfister, diretor de fotografia de Batman Begins e Batman - O Cavalheiro das Trevas, que o recutrou para a realização de vários projetos.
Kaminski ganhou o Oscar duas vezes, com "A Lista de Schindler" e "O Resgate do Soldado Ryan". Foi o primeiro diretor de fotografia a apresentar um prêmio da Academia, o que fez na cerimônia de 2009, ao lado de James Franco e Seth Rogen, apresentando o Oscar de Melhor Curta-metragem.
Ele também é responsável pelas ótimas fotografias de diversos filmes, como Indiana Jones, Minority Report, O Terminal, Guerra dos Mundos, Prenda-me se puder, Inteligência Artificial, O Resgate do Soldado Ryan, Jurassic Park, O Escafandro e a Borboleta e entre outros. Ele é responsável pela fotografia de todos os filmes de Spielberg, a partir de 1993.
No vídeo abaixo, ele fala sobre sua experiência com os filmes. Não achei nenhum vídeo com tradução, mas dá para ter uma noção de como ele trabalha.
Eu assisti esse filme ontem, não esperava muito, só pensava que seria mais um filme sobre nazistas matando judeus e toda essa história que todo mundo já conhece, mas eu me enganei, o filme é maravilhoso e o destaque da menina de vestido vermelho foi uma cena marcante! Eu recomendo!! Para quem quiser assistir vou estar disponibilizando o link para download. E para quem não sabe como baixar torrent e depois assistir o filme com a legenda, aí vai um tutorial também.
Download do filme
Tutorial
Curiosidades Sobre o Filme
2 comentários:
Ah! eh um clássico dos clássicos
Falando no teor de imagem, a parte em aparece a garota do vestido vermelho(para dar ênfase na personagem depois, quando aparece morta), apesar de ser um efeito barato, é muito criativo, e sem contar nos efeitos de sombra que o PB proporciona.
PS - Não lembro muito bem do filme, acho que a parte é essa mesmo
bjs
Outra excelente escolha...
PB.... há... ;-)
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